Num mundo em constante evolução e enfrentando um dos maiores desafios sociais e económicos dos últimos tempos, os que vivemos da venda devemos converter-nos em verdadeiros “Vendedores Camaleão”.
Quando a nossa nobre profissão de vendedor trata de comercializar produtos para proteger ativos de incalculável valor como são a família, o património e a poupança, desfrutamos realizando um tipo de venda tremendamente exclusiva e personalizada.
È uma venda labiríntica onde se interatua com todos os sentidos e a emoção se interlaçam de forma permanente com os intervenientes.
A venda é pura transferência emocional, pelo que a presença sempres e considerará como a aliada da qual devemos obter o melhor proveito.
A figura “camaleónica” do vendedor sempre está , em contínua evolução e agora não cabe uma mudança de paradigma mas apenas uma nova adaptação ao meio envolvente, já que as atuais circunstâncias nos estão a roubar um dos nossos principais hábitos de comunicação: a presença
Por outro lado, está-se a produzir uma importante mudança que intensifica a necessidade do nosso produto. Esta pandemia veio colocar em evidência a fragilidade e vulnerabilidade so ser humano, no que se traduz num maior interesse do público pela proteção familiar e patrimonial, com preferência por produtos de baixo ou risco ou mesmo nulo que supõem uma garantia nos aforros para fazer frente à incerteza patente em outros produtos de investimento.
Estão os comerciais “encerrados”?
Sobre nenhum prisma. Hoje redescobrimos que somos de vital importância, sentimo-nos merecedores de aplauso já que pertencemos a uma das principais atividades profissionais essenciais.
Em nenhum momento bloqueamos a nossa prestação de serviço e nossa vocação em busca da excelência, mas sim sentimos o desconforto de não poder dar um abraço ou aperto de mão ao nosso principal tesouro: O cliente.
Esta difícil etapa está plena de descobrimentos, de reflexões e sobretudo de oportunidades. Desgraçadamente muito colegas e companheiros ainda não têm bem assumido a atual situação, ou não está suficientemente maturada para esta “alteração de cor….” E terão de migrar a outro setor ou ser acolhido por empresa escova.
A dificuldade de fazer uma entrevista presencial é uma dificuldade?
Rotundamente não. Para isso estamos obrigados a reciclarmo-nos e ser participantes da interação com os canais digitais. É aqui que se produz a mutação.
Todos devemos ser conscientes de que o uso de plataformas digitais vieram para ficar, e que não será a nossa via exclusiva, mas sim a nossa nova companheira de viagem. O cliente já tem assumido, em boa parte, a substituição da visita presencial pela visita através de videoconferência.
Ontem visitei clientes em Corunha, Bilbao, Tenerife e Lisboa com uma eficiência de custo e tempo sem paralelo.
Qual será a função do comercial?
Não existem mudanças substanciais. Teremos o mesmo papel protagonista, seguiremos sendo igualmente importantes e nos encarregaremos da negociação, atenção ao cliente, prospeção de novos clientes. Tudo isto empregando as vantagens que nos oferece a tecnologia como valor acrescentado e poupança de tempo, superando as tarefas mecânicas
Dominaremos a venda remota , as “demo” por videoconferência, as “vídeo-entrevistas”, comunicaremos em formato webinar, telefónico por email, etc.
Mudaram-nos a vida comercial?
Na realidade apenas mudou o meio de aproximação: Menos presencial, mas igualmente pessoal e exclusivo para nossos clientes.